A litosfera possui cerca de 150 quilômetros de espessura, uma ninharia perto dos 6 371 quilômetros necessários para se chegar até o centro do planeta. Cada vez que as enormes placas se encontram, uma grande quantidade de energia, equivalente a milhares de bombas atômicas, fica acumulada em suas rochas. De tempos em tempos, o arsenal é liberado de forma explosiva, através de terremotos que chacoalham o globo - geralmente, nas bordas das placas. Nos limites dos blocos que sustentam oceanos, a trombada subterrânea pode dar origem a vulcões, quando montanhas de rocha derretida aproveitam as fendas para subir por entre as placas.
AS PLACAS TECTÔNICAS
PLACA DO PACÍFICO
A maior placa oceânica - são cerca de 70 milhões de quilômetros quadrados - está em constante renovação na região do Havaí, onde o magma sobe e cria ilhas vulcânicas. No encontro com a placa das Filipinas, a placa afunda em uma região conhecida como fossa das Marianas, onde o oceano atinge sua profundidade máxima: 11 034 metros;
PLACA DE NAZCA
A cada ano, essa placa de 10 milhões de quilômetros quadrados no leste do oceano Pacífico fica 10 centímetros menor pelas trombadas com a placa sul-americana. Esta, por ser mais leve, desliza por cima da placa de Nazca, gerando vulcões e elevando mais as montanhas dos Andes;
PLACA SUL-AMERICANA
Como o Brasil está bem no meio desse bloco de 32 milhões de quilômetros quadrados, sente pouco os efeitos de terremotos e vulcões. No centro do continente, a placa mede 200 quilômetros de espessura. Na borda com a placa da África, os terrenos mais jovens não passam de 15 quilômetros;
PLACA DA AMÉRICA DO NORTE E DO CARIBE
Com 70 milhões de quilômetros quadrados, engloba toda a América do Norte e Central. O deslocamento horizontal em relação à placa do Pacífico cria uma fronteira turbulenta: em um dos limites, na Califórnia, está a falha de San Andreas, famosa pelos terremotos arrasadores;
PLACA DA ÁFRICA
No meio do Atlântico, uma falha submersa abre caminho para o magma do manto inferior, fazendo com que esse bloco se afaste progressivamente da placa sul-americana - com quem formava um continente único há 135 milhões de anos - e cresça de tamanho. A tendência é passar os 65 milhões de quilômetros quadrados atuais;
PLACA DA ANTÁRTIDA
A parte leste da placa, que há 200 milhões de anos estava junto de Austrália, África e Índia, chocou-se com pelo menos cinco placas menores que formavam o lado oeste. O resultado é um bloco que dá suporte à Antártida e a uma parte do Atlântico Sul, em um total de 25 milhões de quilômetros quadrados;
PLACA INDO-AUSTRALIANA
O bloco de 45 milhões de quilômetros quadrados que sustenta a Índia, a Austrália, a Nova Zelândia e a maior parte do oceano Índico ruma velozmente para o norte. Além do subcontinente indiano se chocar com a Ásia, a borda nordeste bate na placa das Filipinas, criando novas ilhas na região turbulenta;
PLACA EURO-ASIÁTICA OCIDENTAL
Sustenta a Europa, parte da Ásia, do Atlântico Norte e do mar Mediterrâneo. Na trombada com a placa indo-australiana, nasceu o conjunto de montanhas do Himalaia, no sul da Ásia, onde há mais de 100 montanhas com altitudes superiores a 7 mil metros. Sua área total é de 60 milhões de quilômetros quadrados;
PLACA EURO-ASIÁTICA ORIENTAL
Em seu movimento para o leste, esse bloco de 40 milhões de quilômetros quadrados choca-se contra a placa das Filipinas e com a do Pacífico, na região onde fica o Japão. O encontro triplo é tumultuado e dá origem a uma das áreas do globo com maior índice de terremotos e vulcões;
PLACA DAS FILIPINAS
Essa pequena placa de apenas 7 milhões de quilômetros quadrados concentra em seus limites quase a metade dos vulcões ativos do planeta. Colisões com a placa euro-asiática oriental causam terremotos e erupções destruidoras, como a do monte Pinatubo, em 1991, considerada uma das mais violentas dos últimos 50 anos
SAIBA MAIS!
Confira o infográfico com os possíveis danos causados pelos terremotos conforme suas intensidades. A Escala Richter avalia e mede por critérios técnicos em qual grau um terremoto se encontra (não é possível determinar o máximo de graus, ficou estipulado 8 ou mais).
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