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quinta-feira, 31 de julho de 2014

Frutas Genuinamente Brasileiras

Estima-se que existam pelo menos 312 frutas tipicamente brasileiras. E isso porque muitas frutas tidas como "a cara do Brasil", como a banana e a laranja, não são naturais de terras brasileiras. "Mas, apesar do número impressionante, apenas seis frutas brasileiras são cultivadas comercialmente em grande escala", diz o engenheiro agrônomo Harri Lorenzi, co-autor do livro Frutas Brasileiras Exóticas e Cultivadas. A lista de frutas brasileiras não comerciais tem nomes que você provavelmente nunca ouviu falar, como banana-de-macaco, marôlo, araticum-cagão, taperebá, cariota-de-espinho, pau-alazão, marajá e fruta-de-ema, entre outras. Algumas dessas frutas exóticas são registradas fora do Brasil, o que não anula a originalidade verde-amarela, mas deixa o país de fora de eventuais ganhos monetários relacionados ao comércio da fruta. Há ainda as frutas extintas, como o oiti-da-baía, umas das favoritas do imperador dom Pedro II, que hoje não existe mais.


Muita fruta que tem a cara do Brasil veio de fora

>Maracujá
>Abacaxi
>Goiaba
>Cacau
>Caju
>Morango (Chile/EUA)
>Coco-da-BaÍa
>Morango (Chile/EUA)
>Banana (Sudeste Asiático)
>Mamão (México)
>Laranja (China)
>Maçã (Eurásia)
>Jaca (Índia)

A Primeira Guerra da História

Embora existam indícios de guerras ocorridas em torno de 2700 a.C. na região onde hoje ficam o Iraque e o Irã, as primeiras provas concretas de um conflitomilitar são um pouco posteriores. "Provavelmente, as mais antigas batalhas sobre as quais temos evidências claras são relacionadas ao estado de Lagash", diz o historiador John Baines, da Universidade de Oxford, na Inglaterra. Essa cidade-estado, localizada na Suméria (no sudeste do Iraque), teria travado uma guerra de fronteira contra Umma, outra cidade-estado da Suméria, por volta do ano 2525 a.C. Nessa época, tais centros urbanos viviam em constante rivalidade pelo domínio econômico, territorial e político.

Também disputavam matérias-primas escassas na região, como madeira, além de cobre e estanho, minérios necessários para produzir o bronze usado em armas e ferramentas agrícolas. "A Suméria era relativamente superpovoada, com diversas cidades importantes competindo pelo controle de terras aráveis ou acesso à água, o que resultava em disputas entre elas, muitas vezes resolvidas pela força", diz o historiador Steven Muhlberger, da Universidade Nipissing, no Canadá. Era uma fase de transição para Estados urbanizados, capazes de construir muralhas para proteger seus centros administrativos e mobilizar exércitos numerosos, treinados para lutar segundo táticas mais ou menos definidas. Suas sociedades estavam organizadas para a guerra, centralizadas de forma totalitária em torno de reis hereditários. Com poder político e religioso, esses reis exerciam controle sobre os templos e os recursos acumulados pelas cidades, comandando a produção de armas e a convocação de soldados.


Prova milenar

A cidade-estado de Lagash, na antiga Suméria, foi descoberta no século 19. Nas ruínas, encontrou-se uma placa de pedra conhecida como "Estela dos Abutres". Trata-se de um fragmento de um monumento maior, erguido em homenagem ao líder Eannatum, que comandou Lagash em torno de 2500 a.C. Além de inscrições, a estela (bloco de pedra) possui relevos mostrando vários aspectos da guerra travada contra Umma - uma cidade-estado vizinha -, inclusive cenas de soldados mortos sendo devorados por abutres. Hoje, essa relíquia histórica está abrigada no Museu do Louvre, em Paris.

Corpo-a-corpo sangrento

Soldados de cidades rivais da Suméria se enfrentaram com foices há quase 5 mil anos

Símbolo de comando
Ao buscar vestígios da primeira guerra da história, arqueólogos encontraram adagas e pequenas espadas com lâminas de ouro e cobre. Acredita-se, porém, que essas armas feitas com materiais preciosos eram usadas como símbolo de comando, e não para combate;

Entregues às feras
Os cadáveres do exército derrotado provavelmente tinham suas armas recolhidas e depois eram abandonados no campo de batalha para serem consumidos por animais selvagens. É possível, porém, que em algumas ocasiões os vencedores reunissem os corpos dos rivais em grandes pilhas e os queimassem;

Tática do atropelamento
Naquela época, quase três milênios antes de Cristo, já havia rústicas carruagens de combate, com dois eixos fixos e puxadas por quatro animais — talvez mulas selvagens ou jumentos. Mas como elas eram pesadas, tombavam com facilidade e tinham limitada capacidade de manobra, serviam mais para aterrorizar os inimigos e atropelá-los;

Tropa disciplinada
Há indícios de que os guerreiros lutavam de forma organizada, com uniformes e armas relativamente padronizados. Isso aparece em imagens de monumentos milenares, que mostram soldados alinhados em unidades com até seis fileiras de homens. Mas é impossível saber se essas imagens são representações artísticas ou se descrevem cenas reais;

Armamento camponês
Na luta de corpo a corpo, as principais armas eram machados de batalha com formatos variados, lanças com pontas metálicas e foices especiais. Ao contrário da foice usada na agricultura, a de batalha tinha a lâmina afiada no seu lado convexo (externo), facilitando os golpes contra o inimigo;

Vestidos para matar
Capacetes de cobre protegiam a cabeça dos soldados, que trajavam mantos de couro, reforçados nos pontos mais vulneráveis por discos metálicos. Parte da infantaria era equipada com grandes escudos retangulares de madeira. Lutando lado a lado, os soldados podiam juntar seus escudos e formar uma parede contra as lanças inimigas.


A Fundação de Israel

Ela foi oficialmente anunciada em 14 de maio de 1948. A criação de Israel se baseou numa resolução aprovada um ano antes na Organização das Nações Unidas (ONU) e que previa a divisão do então território da Palestina em dois estados: um árabe e um judeu. Na época, a Palestina estava sob administração britânica e era habitada por uma maioria árabe. Por isso, a resolução da ONU, que foi aceita por líderes judeus, acabou sendo recusada pelos governantes dos países árabes vizinhos da Palestina. As discussões diplomáticas ainda estavam quentes quando líderes judeus se apressaram para decretar a independência de Israel em maio de 1948. A resposta árabe foi imediata: no dia seguinte à declaração de independência, Egito, Síria, Líbano e Iraque atacaram o novo país. Cerca de 750 mil árabes que viviam na região foram obrigados a fugir por causa do conflito. Por outro lado, 800 mil judeus residentes em países como Síria, Iraque, Tunísia, Líbia e Iêmen deixaram às pressas seus lares, a maioria tornando-se imediatamente cidadãos de Israel. A vitória israelense viria no ano seguinte, em 1949, garantindo a sobrevivência do novo país. Mas, longe de tranquilizar as coisas, o resultado do conflito só semeou mais violência na região. Violência que dura até hoje.



CRONOGRAMA

1897
O primeiro Congresso Sionista, na Basiléia, na Suíça, marca o início do movimento que reivindica um estado para os judeus na Palestina. Essa região no Oriente Médio não é escolhida ao acaso: os judeus defendem que viviam lá até serem expulsos pelo Império Romano no século 1;

1939
Com o início da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), os nazistas alemães passam a perseguir judeus por toda a Europa. Estima-se que 6 milhões tenham morrido em campos de concentração e extermínio, acontecimento conhecido como Holocausto;

1946
Ao final da guerra, com milhões de judeus perseguidos sem ter para onde ir, o sionismo ganha força. Os britânicos, que dominavam a Palestina, tentam evitar a imigração de judeus para a região — mais de 50 mil refugiados são detidos na ilha de Chipre

1947
Em 29 de novembro de 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) aprova a divisão da Palestina em dois estados: um judeu e outro árabe. Líderes judeus aceitam a resolução da ONU, mas os países árabes não - na época, viviam na região 1,3 milhão de árabes e 600 mil judeus;

1948
Enquanto as tropas britânicas deixam a Palestina, grupos sionistas agem para organizar logo o Estado judeu. Em 14 de maio, o presidente da Agência Judia para a Palestina, David Ben-Gurion, anuncia a formação de Israel;

1948/49
Os países árabes vizinhos não reconhecem o novo país e tem início a Guerra de Independência de Israel, a primeira de uma série de conflitos entre árabes e israelenses. A guerra termina em 1949. Israel não só vence, como consegue a ampliação do Estado judeu.


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